Blog da Liz de Sá Cavalcante

Vida confusa

Alma é corpo a corpo, ser no não ser, respirar no ar que me afasta de mim. O ar é a falta do corpo na minha presença. Tudo é de verdade. Será a alma o ser do não ser em mim? Na morte do ser, ele não vê o outro, a morte da vida é ver a todos, e a minha morte será quando a poesia me der atenção, me vir com admiração. Morri olhando para a poesia, sem poder escrevê-la, dar-lhe a vida. Morri com olhos abertos como se fosse declamar minha alma, mas estou morrendo na paz da poesia, que transcende minha alma para longe de mim, onde não me confundem com a alma que fui um dia, quero ser apenas eu na minha morte, para me sentir perto de mim. Apenas agora que morri é que estou perto de mim, vivem dos meus sonhos que julgava incompreensíveis. Não tenho mais medo de sonhar. Estou feliz.