A vida vive das minhas lágrimas, do meu sorrir. Sonhos não são sopros de dor, são reconciliações com o nada. Nada se esqueceu de mim, não existo. Eu ia me sentir diferente sem os sopros de dor, acordam o amanhecer nos meus sonhos. O sol é um pedaço de nada, um universo interior para consolar minha solidão. Meu nascer infinito, do que não nasce, sonha. O infinito, sem nascer, é a margem do que sou. Essa margem do que sou desvenda a falta de infinito: é como andar descalça no fim, sentindo o infinito no céu. No céu dos meus pés flutuam sem amor. Não me refiz em céu. A saudade é um céu afastado de mim.