O dormir é falta de morrer. Não durmo. Dormir é a eternidade de sonhar, onde vivo acordada. As pessoas não são de verdade, para não ter ilusões, chorar é ilusão da alma, é quando eu sou eu por uma ilusão, não na ilusão. Acordo sem despertar, é quando sinto que perdi minha alma pra vida. Nada me resta senão sorrir. Apenas na ilusão não posso brincar com a vida, com a realidade. Nunca chegarei até a alma, ela está além de mim. Nós nos comunicamos em sopros de saudade, onde nada se precisa falar, tudo é amor entre mim e minha alma, por isso, esse abismo entre nós: reflete-se no amanhecer. Se para não morrer eu tiver que amanhecer, reinvente-me, se descubra ao viver. Juntas estaremos como uma ilusão em sonhos, onde terei novas lembranças, mais tristes que a vida. Quem sabe? Nós nos cruzamos em algum momento? Apenas para nos refazer de nós. Saí de dentro da alma para a eternidade da solidão. Saí de dentro da alma, não tendo alma isso é solidão absoluta.