Abraços são mortes ou vidas, ao menos, algo existe no abraço. Mesmo que esse algo exista, faz falta para mim. A alma vive dentro do desenho do que penso. Desenho meu pensamento, pois não há vida, nem mesmo nos desenhos, nas poesias. A compreensão é um desconhecer na alma. Não vejo o espelho no qual me vejo. Ver é atravessar o espelho da alma. Amar o que se vê, é a inexistência da vida. Ver é solidão pelo que existe. Forçando minha morte, resgatei o espírito do nada. O que significa morrer? Fazer diferença na vida? O céu não pode esperar a morte, para ser belo. O nada me ama. O nada é o otimismo. A vida é saudade do nada e do tudo em mim, até conseguir ser uma lembrança de mim para não ser mais eu. Sou muitas coisas sem mim. O invisível é o nada. A alma não vai adiante.