Blog da Liz de Sá Cavalcante

Incorporando o nada

A alma é inseparável de mim, do que sinto, por isso, incorporar o nada é mais do que posso sentir. A consciência é o nada, onde não posso senti-lo. A morte há de criar meu ser. Meu ser existe pelo nada. Nada seria sem o nada. O infinito não serve para a realidade, o fim foi feito para a realidade. Transcendência é inconsciência. O sonho vai além da transcendência. A vida não busca os sonhos, busca o ser. O ser e o sonho são incompatíveis. Serei feliz transcendendo? O nada, para a transcendência, é vida. O céu espera que as almas transcendam como eu. Minha alma não sou eu. Ser e nada, razão de viver. Voltei ao meu lugar de origem: morte. Meu êxtase. O desaparecer da morte é o absoluto na minha ausência. Minha ausência é o absoluto.