Blog da Liz de Sá Cavalcante

Prazer de eternidade

O meu prazer de eternidade é apenas viver. Vou me alimentar de vida, meu prazer de eternidade. Nada há nada eternidade, por isso, ela me ocupa e é sonhável. Não dá para sonhar com a vida. Mas sonho mesmo assim. A vida me mostra o que existe, respondo, agradeço com sonhos. Sem noção, sem pensar, amo. Amo por sonhar. O destino é frágil, cessa na eternidade. O sol desperta adormecido, como uma lágrima do universo suspensa no ar da vida, caindo no seco. A vida não esquece de si, ela esquece apenas sua essência. A morte deve ter um motivo para existir. Estou dentro do nada. O nada está dentro de mim: assim nasceu o meu ser: da miséria emocional. O mar é a calma da vida. O amor é desconhecimento eterno de viver. O amor é incondicional em sua inexistência. O agora esquece o ontem e o torna futuro. A vida está dentro de mim. O nada de mim sente a vida melhor do que eu. Sentir é estar só em mim. Sentir é a falta de sol, vida, numa alegria infinita. A alegria anula o tempo. Amar é melhor do que viver. Viver são faltas sem amor. O amor é apenas admiração. No nada a alma é eterna. Não falta eternidade, falta a mim.