Possuir é apenas o desaparecer da luz do nada. Possuir é o mar da morte, no fluir do amor. A consciência para a essência é nada, é alma. O amor sente o exterior sem o ser. O pensar é o interior do nada. No nada não há amor. Minha carência de pensamento é o outro em mim. O que penso não é todo o meu ser. Todo o meu ser é outro alguém além do pensar, não há explicação, não há nós. Parti sem mim, onde o pensamento me quer, sou o infinito do pensamento. Eu não quero que o agora seja o sempre. Quero o agora, apenas como uma parte pequena insignificante de mim, quero ser mais do que esse agora. Nada me possui na minha sensibilidade, intacta pelas palavras. Nada me possui, nem por isso desapareço. A minha sensibilidade me faz viver. Tenho alma de palavras.