O ser pode ter fim, a morte, jamais! Ela é o que ficou inacabado no ser, para ele não ter fim! A morte nasceu do amor, tem mais privilégio do que o amor! É interminável, o que se termina por amar os elementos, para se construir o amor, ter um amor intenso, pelos elementos da morte! A morte é o amor consumado!
Nada da alma se guarda no amor! Não posso fazer a vida feliz, mas posso me fazer feliz entre lágrimas e sorrisos, com toda a vida, toda a morte que existe em mim! Tudo me inspira longe do que pode ser, que são apenas incertezas, a esconder minhas lágrimas. Se não há mais amor, tenho que ser feliz por ainda existir sem amor! Mas nada será concluído sem amor! Pelo amor, não posso deixar minha felicidade, não existe amor infeliz, existe a ausência do amor. Amo, mesmo que o amor não exista, que eu o imaginei!
Se ele for apenas o imaginar, eu o amo assim mesmo, pois o amor imaginário não é menos amor que o amor real, que transcende, me faz viver! É pelo pensamento que se sente o vazio, o vazio sem pensamento é nocivo, é plenitude. O vazio faz do amor amor. A esperança não morre, o que morre é ter esperança, como se ela fosse uma coisa, um objeto do qual vou me apossar! Às vezes a esperança é a última e a única lembrança, que serve por todas, por isso, vou agarrar esta lembrança, com toda a força do meu amor!
Quando o amor já não tem forças para amar, deixa de ser amor! Mas o amor nunca deixa de ser alma, é mais forte do que ele, é mais forte do que o meu arrependimento de amar! Talvez, esse arrependimento tenha o mesmo fim que a morte. O amor, mesmo assim, é tão feliz, me comove tão profundamente, que consigo respirar!