Blog da Liz de Sá Cavalcante

Leveza solitária

Cessa a alma em mim, não no sempre mais. É inacreditável sonhar com a alma, com ela isenta de mim. Ninguém pode ser a minha morte. Não sou a morte de ninguém. Sou como o vento, que nada sopra. O tempo que estuda o ser são amores reprimidos do nada. Abraços demoram na presença absoluta de ter a vida em um desmaio de luz. A lua desmaia em estrelas que se refletem na luz de ser. Subir pela luz do ser para morrer é apenas ver estrelas. A alma não alcança estrelas, mas alcança o céu. A alma dança estrelas, que rodopiam no ar. Falta ar nas estrelas. Recuperar o ar das estrelas sem estrelas é como tocar o céu. Tocar o corpo no incorpóreo e o corpo se renovar, como se não soubesse o que é sofrer neste sofrer incorpóreo que domina o mundo, as pessoas. O incorpóreo da realidade é o céu. As palavras não são incorpóreas, seu corpo é sua alma. O que pode ser mais real para mim do que as estrelas, que perdi em mim, por sonhar?