Blog da Liz de Sá Cavalcante

A falta de um adeus é perda de vida

O ser não se relaciona com o outro, se relaciona com minha alma, num adeus de vida. Vida, se soubesse a falta que ela me faz. Morte são carícias na alma. A essência do nada é a vida. A essência da vida é o nada. O indefinido é a minha vida. Se minha vida se definisse em minha alma, não seria vida, seria apenas essência. Não há essência na essência. A essência é a alma. A alma, lua que se aflige, por ser só, no não ser só de si mesma. Alma, descanse em paz na minha vida. Que sua perda seja vida para mim. O infinito é uma forma de não se ver a vida. Se vejo a vida pelo seu fim, ela não é o fim. O mar envolve o fim de certezas, como se o pensar fosse retornar pelo fim. É tarde para o fim e cedo para mim.