Tudo que respiro da vida é o meu esquecer no teu esquecimento. É inseparável o teu esquecer da minha alma. Não vou me restringir a uma única coisa. Faço o possível para ser, não é possível. A realidade não precisa de realidade, e sim de poesias. Respiro a vida na face do adeus, onde a poesia, a vida, não me deixam. Lágrimas respiram por mim. Respiro em lágrimas. A vida é um agradecimento de alegria. A vida é apenas esquecer o nada. O pouco de amor que tem para me dar, me faz feliz. A conexão com a realidade sou eu saindo de mim em ti. O tempo torna a vida respirável por amanhecer. Nem tudo pode ser alma, mas a vida é assim. Os momentos são eternos pela alma. Momentos de alma não é escrever. Há dois amores que cuidam de mim: o do infinito e o finito. Fico dividida entre o meu fim e eu. Separo a minha alma do meu amor para poder viver. Amor nunca é alma. Vivi bastante para esquecer. Vivo de olhos fechados, por isso, preciso morrer para abrir os olhos.