Sem me arrepender de morrer, por isso, a agonia que sinto. O viver de amanhã é tão imprevisível quanto seu amor, que destina o tempo ao nada de ser. Para ser, tenho que esquecer o que vejo, amo, para ter uma vida imaginária. Escuto o imaginar como se fosse uma poesia. Tornar o medo, a ausência, uma poesia. Às vezes tenho medo da poesia, não da morte. A morte, sei que é o fim, mas não sei o que é poesia. Como vai ser sem palavras para silenciar? O corpo é silêncio da alma. Alma, foste uma saudade boa. O mundo tem a realidade da alma. Nada vem antes da alma. Alma, nasceste antes da vida. A eternidade é leve como o amor, como o pesadelo de viver. A falha da alma é o amor para o ser amar imperfeitamente em busca da alma. Brincava com meus sonhos como uma poesia. Poesia me faz ver a vida com amor. Amor que aprendi com a vida. Consciência é o amor perdido em mim. Sem perdas, não há consciência. Inessência é luz. Monotonia é morte, meu ser é monótono, as palavras não são monótonas, quero me refugiar nas palavras, nas emoções das palavras, que me fazem escrever o que pensei ser possível. Rosas para ser mãos, que acariciam minha alma, quando escrevo. Apenas o escrever cessa o sofrer. Como é triste te ver: é saudade, falta de ter sido. A alma não se importa de ser corpo ou alma, ela precisa apenas de amor. O céu é a espera da vida. A tristeza é uma rosa que não murcha, se transforma num jardim de contentamento. A alma se contenta apenas com o sol. O sol de cada dia, me dê a morte que perdi. O outro alguém sou eu em mim. A nostalgia é o amor saudável, é como olhar o amor com olhos de amor. Dê seu amor para mim, como se me desse a vida. Alma, me ame, como se a vida cessasse, e você fosse minha única vida.