Estou por um fio da imaginação. São fios presos sem alma, de alma. Costuro o fio do imaginar na alma, como um resto de solidão que ficou em mim, como saudade da alma. A saudade da alma me matou, ressuscitou-me como o nada a dançar. Minha solidão tem asas, rompeu com o imaginar, leva-me para longe de mim. Vou me unindo para escapar num fio de imaginação. Estou triste como o sol a iluminar. Meus lábios de sol, a falar de amor. Os dias cessam, como se não fosse o amor que sinto. Tudo falta ao sentir, mas não lhe falta amor. O amor, sendo real ou imaginário, é e sempre será amor. O amor de uma ausência não existe nem na imaginação. Ausência nunca será amor, capta a alma. Amar é ser amada. Escrever é falta de ausência. A ausência é como fios da imaginação na imaginação de outro alguém, que torna minha imaginação viva. Imaginar é andar de mãos dadas com a vida, quando tudo se separa.