A consciência é sem emoção. Torna a presença de um adeus desnecessário. Tão desnecessária que é a vida. A vida sabe como ser necessária, mas não quer ser uma necessidade, quer ser amor. Não quero me ver como me vejo sem o teu adeus. Nem o adeus me dá coragem para aprender a me amar. O vulto do amor já me causa admiração por esse amor, por estar perdido, por eu ter me encontrado sem teu amor. A saudade não tranquiliza o amor inexistente. Respira como se vivesse. Não se desprendeu da vida por completo, ficando em mim, como um fantasma. A vida é pouco para o amor inexistente, quer morrer, não consegue o mar, cobertor da minha poesia., torne o amor inexistente, esquecido. Dormi como o mar. O mar é o ser de todos os seres. O meu ser fez do mar minha consciência interior. E a poesia flui no mar, areia do sol. Despertar o mundo é como areia sem sol.