A certeza sensível ou isto me faz amanhecer. A certeza inunda o mar. A vida está declamando meu amor. Tudo fez só sem o mar. Quero adotar o mar com meu amor. O que posso fazer para amar a vida? A abracei, nada senti, mesmo inteira de corpo e alma. Os abraços inventados no sonho são mais reais, mais plenos do que o abraço corporal. Abraços, onde estão suas lembranças, que invadiram o mundo, o céu. É impossível voltar ao corpo da amargura. Nada posso fazer sem um corpo. Luz do céu, desfolha o sol no meu corpo até a escuridão acalmar o céu. Ver a luz é como se não houvesse escuridão. Não fique triste, escuridão, revela tua alma, para te compreenderem. Meu verdadeiro olhar é a escuridão fugindo do meu olhar pela luz do céu que cega o sol. Luz das carências, nunca me pertencerá. Todas as vidas são essa luz de carência, que nada quer além de mim. A vida explorando a realidade, deixa de ser vida, do que não ficou em mim, por mim. O tempo é o passado, precisa ser esquecido para eu ser saudade de mim. De uma maneira ou de outra, nasci. Sou minha, não deste nascer que morre em mim. Morrer é apenas minha outra alma, num amor que não é meu. Outra alma feita para eu me esquecer de tantas almas, tanta exaustão. Essa exaustão não pode ser amor. Dormir é ser eu, não posso ser eu, prefiro a realidade, prefiro a realidade sem mim, para eu olhar para trás. Meus sonhos me tornam real para mim. Tenho apenas sonhos para contar a alguém que já me conhece em sonhos. A boemia de amar. Abençoe meus sonhos nos teus. Vida, soube esperar por mim. Sou agradecida, me ensinou a ser eu. Foste a vida do meu sofrer, não minha vida. A vida, sem antes ou depois, preserva o instante do seu olhar, que é saudade, é antes, é depois, na mesma vida, mesmo sol. Crie uma saudade para a saudade, seja feliz.