Blog da Liz de Sá Cavalcante

A oposição entre o ser e o saber

A vida vivente em mim me ama quando escureço na alma. A escuridão é uma luz profunda que me apaga por dentro de mim. Sem alma não há luz, nem escuridão, é onde existo. O começo e o fim são o sacrifício de Deus. O desaparecer da luz é a imagem infinita de Deus. Quando a luz aparece, Deus desaparece na sua presença. Deus, você é a presença que durou na vida. Dê vida à morte, estou sem mágoa de morrer. O mundo é grande, cabe a vida e a morte. O mundo é pequeno, sem vida ou morte, ele se torna poeira do tempo. O mundo é o oposto do tempo. Entreguei ao tempo o mundo, apenas assim fui feliz, com as horas existindo distante de mim. Assim nasceu meu tempo emocional, invadindo o céu das minhas súplicas. Minhas súplicas são o meu amor, meu tempo, minha saudade, meu céu, minha oração. Inundada de imaginações, nunca estarei seca do mundo. Que a vida se faça amar. Amor é saúde de vida, não saúde de morte. Tenho carência de morrer, assim como o céu é das estrelas, assim como o sonho pertence à imaginação. Queria pertencer à imaginação, assim como o sonho. Queria afundar nas estrelas, chegar à superfície do céu, criar novas estrelas para o céu, com minhas poesias.