Blog da Liz de Sá Cavalcante

Inovação do nada

Deixa minha vida começar em outra vida, onde a alma é apenas um momento, um momento de lucidez, não preciso desse momento: ele existe em ti, alegria, nunca mais ninguém vai tirar essa alegria de mim. A alegria é como um sonho. Deixe-me sonhar um pouco mais. Faça-me acreditar. Ficar no teu silêncio me faz duvidar de ti, vida. O sol ilumina minhas poesias. Nada tenho a dizer além de poesias. O tempo e o vento são a mesma coisa, não é o mesmo amor. Amor é tão irreal na presença do outro. Um pouco de esperança não pode prejudicar meu ser. A noite sai de dentro da noite, entra em meus sonhos. Esperança, segurança para os meus sonhos. Que sonhos teria sem meus sonhos? O que importa nos meus sonhos? Deixar de sonhar, é claro. Mesmo sabendo que não podem cuidar dos meus sonhos, alguém os sonhará um dia, e o céu terá mais estrelas. Serei sua constelação de estrelas, onde estou sempre ao seu lado, vida, como sendo tua falta de uma história, mas a falta de uma história já é um fato. Renunciei os fatos por uma história que tenha vida, mesmo sem ser a minha história, fico feliz pela vida ter uma história. O que poderia dizer a vida? Que a quero dentro de mim? O que significa querer? Não sei. Sei que quero sentir algo diferente da vida e da morte. Quero ser eu sem interferências, sem refúgio. Apenas a minha esperança para me tornar boa, como se pelo menos a minha bondade pudesse viver, mesmo sem mudar a vida, o mundo. É libertador ser boa no que me faz sofrer, mesmo sabendo que nunca me fará feliz.