Blog da Liz de Sá Cavalcante

A impotência do espírito

A vida é da alma, o espírito empobrecido, ainda assim, ama, mediocremente, afastado da realidade do amor. Amo somente pelo espírito: sou essencial para ele. Nada necessito, quero apenas ouvir o vento, para eu nunca nascer, nunca morrer. Quero ser o vento do vento. Quero que o infinito seja apenas a morte, sem lembrar do fim, assim, torno a morte viva, como sendo um passado que preciso sentir. A poesia é necessária, mesmo sem amor. Poesia é uma estrela que não encontra o céu, o mar, para sua imensidão. Minha mão de estrelas deu vida ao céu. Deixa teu sentir ser minhas mãos, navegar, já é o oceano, na vida, na morte, no adeus, que não se despede da morte, se desprende de si, não é mais nada, mas ainda é o amor esse adeus, ele não sabe, morreu antes do que sou, de ser amor.