Acalma-te, alma interior, ainda conviverá com a alma exterior, esquecerá o jardim de versos, se tornará a poesia do mundo, da vida, do que quiser. A voz do amor ensurdece a alma no jardim de versos, mesmo assim, a alma se escuta em versos tristes, felizes, desde que sejam verdadeiros. O jardim de versos protege a escuridão da alma, da vida. Estou só, em versos mudos, ninguém percebe meu silêncio de palavras, de voz. Minha identidade não depende de viver ou morrer: minha identidade era para ser palavras que se escutam, minha identidade se tornou o mar da minha ausência, onde me afogar é a minha única presença: é amor! A poesia nunca mais foi a mesma depois que morri, o fim tornou-se vazio com minha morte. A morte me disse adeus em poesias, não sei como vieram de mim, não morrerão comigo, ou então viverão comigo em outro lugar, além da vida, além da morte, além do céu, do infinito, onde será reconhecido seu valor. Vou falar poesia escrevendo, onde ninguém as lê, mas sabem que existem no indefinido do meu amor.