A criança que eu era, ainda sou, longe do tempo para estar em mim. Em mim, o tempo é doce, suave como a brisa do meu corpo, que não sabe minha idade. Incorporo o meu corpo pela falta do tempo, que me seduz. A falta do tempo faz com que eu viva plenamente. O tempo não é paz. Paz é o sentir da ausência do tempo, que manifestou no sol o amanhecer. O sol passou a amanhecer junto com o amanhecer. O tempo é justo, é igual para todos, basta olhar o amanhecer, puro do sol. O tempo é uma guerra interior, entre o ser e o nada. Sem o meu interior, quero apenas a paz de amanhecer.
