Quando sei que a morte vem, me aproximo do que não é amor, como se fosse amor. Não sei sonhar, viver, sei morrer. O amor não merece minha irrealidade, melhor não amar. Viver é real demais. Esconder a realidade da realidade é viver? O vento sacode a vida, uiva eternamente com a bondade de Deus. Esse é seu interior, uivar sem chorar, para não acordar o amor adormecido. Dorme amor, como o desaparecer do vento, destrói minha vida, mas com alegria. A alegria sonha ser levada pelo vento que a trouxe. O mundo depois de nós importa mais do que o nosso mundo. Aceito a solidão na alma. O amor é um obstáculo sem renúncia, sem perdão. Será isso amor? Há tanto a ser feliz sem amor. O nada faz eu necessitar do amor, me sinto viva no nada. Necessito da aparência como sendo o ver no nada. O nada vê a vida melhor do que eu: o nada vê a vida no amor que sente. O nada é a ilusão que preciso ter, cada vez que olho o infinito.