Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma não chora sua inexistência

A alma é feliz como um anjo de luz que me faz viver como alma. A alma se vê no ser, sem espelhos, reconciliações perdidas, como se eu fosse a compreensão de viver. A alma vive o meu ser em mim. A alma chora luz. A solidão preenche as faltas sem amor. Vi a vida noutra vida, nada fiz. Nada recupero da vida em viver. Por isso, viver cessa fácil como uma luz que se apaga, dá lugar à escuridão. O absoluto não é o ser, não é Deus, não é nada. A alma é o começo de ser. O meu fim sou eu mesma para confirmar e concretizar o azul do céu como se pelo céu eu me visse sem além. Não existe além nem mesmo no céu. Mas ainda há o além do amor, que está além da vida, da morte. Mas não está além de mim, estou além do amor.