Blog da Liz de Sá Cavalcante

Incomunicabilidade da alma

Queria olhar para a morte pela eternidade da minha alegria, que não se comunica com minha alma, que tenta comunicar sua tristeza. Tento mexer meu corpo pela paralisia da alma, que penetrou no meu amor, numa dor tão profunda, que pensei que ia morrer. Um pedaço do céu, escondido no azul do céu, me emociona, me espiritualiza, ao ponto de eu sair de onde morri, para qualquer lugar que não seja morte, morrer. Morreria se o azul do céu, entrando nos meus sonhos, tornasse o que sinto, amo, real para mim. O céu não suportaria minha alegria frágil, humana, me daria seu azul, para eu ter esperança de viver, como o azul do céu a pousar no meu amor. Eu sinto o azul do céu como se fosse todo o meu sentimento. A vida vê meu sentimento como se fosse o nada do mundo, a expandir o céu pela correnteza de um amor sem fim. O infinito, no amor sem fim é o fim da eternidade, da vida. O céu se entrega ao meu amor. Não há mais nada de sagrado, há o amor, e essa liberdade concorda com minha morte. Mas enquanto houver liberdade, estarei viva no amor que sinto.