Vou embora deste partir, me partir ao meio, por isso não estou só. Eu escuto a morte sem dor, na morte, estou salva do silêncio que me oprime na morte, o amor flui, transcende na alma. Seja o que for a alma, confio nela. O amor, tempestade que aumenta no sol. O sonhar é o que é possível em mim, no nada possível de ser eu, nesse tudo que é a vida? Nada é eterno no saber. A morte é compreendida como ela é. A vida não é compreendida como ela é. Tento fazer da vida o meu fim. A vida é apenas vida. Nem mesmo a morte é o meu fim. Palavras são o infinito do fim. Morrer, como se a morte fosse sem palavras. Morrer não depende do fim, e sim de mim. Escorre o saber nas águas puras da vida. O silêncio precisa ser rasgado em vida, não em morte. Posso ultrapassar a morte até meu ser, e o silêncio não ficará rasgado, torna-se paz.