Nunca houve manifestação da alma. Tudo sofre e vive só, sem a alma. A claridade se perde no vazio do sol. Se eu não olhar o mundo com meus olhos, o mundo parece acabar pela vida que tem. A eternidade destrói o esquecimento destruindo o ser! Vida jogada fora no exterior do sentir. O vazio não esquece a companhia de si mesmo, como um renascer do sol emprestado de ternura. O que é o real, quando eu o vivo dentro de mim? Eu não sei o que fazer com a vida. Quando ela me abraça, parece que me compreende sem falar ou escutar. Como minha lembrança pode ser sua? O amor não decidiu ser amor. Distanciando a vida, como resto de esperança que não foi vista como esperança, foi sentida como vida. As tentativas de viver já são uma vida. Apreciar a escuridão é sair de dentro do abismo, que é como se fosse o sol a me devolver a mim pela escuridão do sol, onde a noite aparece sem me tirar essa sensação de vida, de paz. Um vazio infinito no meio do nada, a fazer do amanhecer o meu sorrir pelo sol. Sorrir para o sol é melhor do que ter o sol. Quando eu abro os braços para o céu, sinto a luz do sol a banhar meu corpo de luz. A alma é uma maneira de sentir o sol mais uma vez, como uma vida que se foi sem ter sido.