A lucidez é leve, como se fosse desmaiar, não pelo corpo, mas pelo que viveu. Dormir é ausência de alma, onde o ser é ele mesmo. A inconsciência de despertar destrói a vida. A alegria é a ausência do nada, como se a ausência do nada não fosse real, mas é. Morrer, como se eu visse Deus, para retornar ao meu olhar, ao meu amor, à minha vida, que me salvou da tristeza, da clausura, do isolamento do meu corpo. Sou apenas alma, que se espalha no vento, multiplica amor, assim não vou morrer: vou ficar encantada de nada ser, sair dessa prisão de ser, envolver-me de sol, de vida. Contagiei-me em viver, como se eu fosse a luz do sol, tudo ilumino com amor.