Nada ser para a essência infinita, que une o ser nele mesmo. Resta a alegria do que já se foi, ter partido antes da alma. A alma é muito mais do que morrer, do que despedida, é o que permanece em mim, sem a sombra do olhar. Poesia, deixaste-me sem referência por encontrar a presença tardia da morte, como o que resta do esquecimento. Apenas na lembrança, a morte não tem fim. Não há o que esperar da esperança. Tudo ficou da morte, pela responsabilidade do depois. O silêncio, interrompido como alma, para dar um fim à minha morte. O fim é o silêncio mórbido que escapa na dor. Dor, contida de esperança de que a alma nunca seja o fim.