A alma, por ela, ainda percebo os vestígios do nada, como sendo minha vida. A imagem surge do esquecimento. Alimento-me da luz que me invade. A luz alimenta a alma, deixando-me sem luz. Deixar sem luz é resplandecer a luz. A luz é o calor do corpo traduzindo a realidade sem luz. A luz observa, é observada, sem a esperança de vê-la sem luz. Sem luz, não é escuridão. Vestígios de luz escondem o sol do sol. Vestígios do nada clareiam a luz. A vida não é claridade, é escuridão. Quando a escuridão se aproximar da luz, irei morrer. Morri na união de luz e escuridão, que foram a moldura da minha morte. Ver a morte não a explica, senão ela perderia todo significado. Só, comigo, a luz não se perde, na imensidão da escuridão, a vida se modifica. A alma absorve o corpo pela luz do saber, que nunca será a luz do amor.