A paz sem paz chegou ao meu amor como alma. O silêncio me faz esquecer a alma, numa paz incomum à vida. A paz fala de uma vida inexistente. Paz sem paz é como engolir o suspirar, num suspirar eterno. A voz que não sai da alma é a paz. A vida cessa num chorar eterno, prefiro chorar a ter paz. A paz não tem vida, não me faz viver, por isso nada me consola. O que falta à vida? Falta à vida a falta de mim. A ausência é reconciliar a falta com o destino. O silêncio mata mais do que uma arma. O silêncio da alma desconfia da alma, com um amor pela alma, que se absorvendo como se não houvesse silêncio no amor. É como se houvesse apenas um silêncio questionável, distante do silêncio real do meu ser é o silêncio da morte que se aproxima, com ou sem ver a morte, é o meu fim. Fim que começo a compreender pelo silêncio da morte, mas aceitar jamais.