Sou, encontro-me ausências, como carícias de amor. As carícias de amor da vida me deixam sem amor. Amor, falta da leveza de ser. O tempo, a ruína, a morte, não faz nascer o amor. O amor nasce na ausência do tempo, da vida. A vida escorre como alma, nos meus dedos frágeis, trêmulos de amor pela vida. Sente meus dedos como a vida e meus abraços, minha morte, dentro de ti. Por isso, fica. Fica, enquanto o ficar ainda existe, pelas nossas inexistências. Tento ser ausente da minha ausência, pelo amor eterno da vida, que me faz morrer de eternidade.