Blog da Liz de Sá Cavalcante

O ser do espírito humano

Feliz, posso sofrer, morrer, se não por mim, pelo ser do espírito humano. Escrever despenteia o vento no sol. Escrever é o mistério da vida. Escrevo sem descobrir minha alma. Saudade é uma maneira de esquecer. Tudo se esquece na solidão. Saudade é ser só. Solidão de alma é morrer. Morrer como um lamento sem alma. A alma, coragem de enfrentar a vida. Não há alma que confunda o chorar com ausências. O chorar é falta de ausência, a ausência renasce sem mortes. Sentir ausência sem morte é imaginar sentir sem sentir nada. A ausência não chora, flutua. É mais fácil deixar de amar, de viver, do que deixar a ausência. A ausência é o meu espírito tomando conta da minha presença, que não pode ser a presença de alguém. É a minha presença na ausência, onde sempre será a vida do amanhã.