Meu coração não é um pedaço de mim, sou eu inteira. A prudência de amar no silêncio, resgatar o nada no meu sorrir. Recomeçar sem amor, até o último olhar. Teu olhar é um sorrir doce de nada. O olhar se descontrola, salta de si, abraça o coração sem amor. Eu pareço com a vida, se eu a vir no meu parecer. Separação, sou a vida do teu amor, onde não há ninguém, nem vida para me separar. O soluçar da angústia cessa o meu sofrer. Meu sofrer é como um bem precioso. A morte, no fundo, é o único amor do mundo. Mas o mundo não é somente amor. O inseparável de mim quer se libertar do amor, até escutar o nada sem amor. A falta de amor não se libertou do amor. É recente o amor, como uma folha que voa perdida no vento, onde os pássaros carregam a lembrança da folha por voarem como folhas ao vento. O que não existe deixa voar, como sendo a circunstância de um pensar. A solidão é a ordem do tempo. A palavra é a incompreensão do ser, onde o mundo nasce dessa incompreensão. Compreendo essa incompreensão, mas ela não precisa ser vazia. Eu compreendo a incompreensão, por isso não aceito o vazio. Se falar fosse eu, não me resumiria em ser.