Blog da Liz de Sá Cavalcante

Inequívoco (evidente, explicativo)

Algo necessário morreu: o meu amor não deixou de ser necessário por ter morrido. Onde o amor se fez destino, como algo que foge e não permanece em mim nem como despedida? O que pode acontecer ao amor? Será mesmo amor ou apenas eu? Sei que o amor é demais para mim, sem o excesso de mim. Em mim, tudo é intenso, sem excessos. Por mim, o amor seria apenas contemplação. Assim, o amor não se perderia nele mesmo. A morte não me engana me matando, engana a si própria. A morte não mudou meu ser. É tanto ser em mim, que, mesmo me matando, continuo em mim. Mesmo sem escrever, eu sinto as coisas, a vida, o amor, no azul do céu. O azul do céu é o mesmo que escrever, estar viva.