Blog da Liz de Sá Cavalcante

O espírito se eterniza só, sem morrer

Defino o que é sonho e o que é real, pela morte, sem ser íntima do sonho, nem do real vivo, sem sonhos ou realidade. O espírito é a realidade separada do sonho, como sonho. A beleza do sonho é a realidade. Vida, onde estiveres, te acharei em abraços tão eternos quanto o nosso amor. Momentos de alma são esquecidos na alma, na paz do espírito. Momentos são refeitos pela morte, distantes do amor da alma. A alma foi o único momento em que não morri. Morrer, quando meu amor alcança o céu, sem tristeza ou perda. A lembrança é perder o amor pelas coisas que vivem, que podiam ser o céu, as pessoas, mas são apenas coisas, que não representam a vida, mesmo se existissem. Eu tenho o céu inexistente das coisas a morrer por mim. As coisas são o espírito em busca da alma. O espírito morreria se não fosse só, nem sua eternidade o faria eterno! Há almas, sem eternidade, como o sol a fugir do céu em seu fim. O espírito se eterniza só, sem morrer, como sendo um resto de mundo, de dignidade por ser só.