Blog da Liz de Sá Cavalcante

Sorrir com alma

Tudo me sorri. Sorrio na alma, onde nada me atinge, me deixa triste, por isso sinto a alma da vida. Tudo pela alma, nada por mim. Sorrir com alma é a vida acontecendo, no que há de melhor ou de pior, tinha que acontecer, por isso é especial, raro. Sorrir é a fala da alma me pertencendo. A vida parou, para eu sorrir com alma, para apenas ela ver o meu sorrir. O absoluto não é absoluto, é relativo, uma maneira de fugir da alma na alma. O ser da ilusão é o meu amor por mim, que não me deixa só na ilusão. A alma é ilusão, que não adere à ilusão de amar. A ilusão do olhar é o afastamento sem alma, perdido no olhar. Não consigo deixar a ilusão para a ilusão, pois não sobreviveria. A alma é minha ilusão de chorar como uma ilusão. A alma na alma é a vida do nada, por uma ilusão. Estou dentro da ilusão sem ilusão, como se o sol se escondesse no nada da sua morte, que torna a vida infinita, os dias inesquecíveis, como a minha alegria de vida e de morte. Para mim, isso é eternidade.