Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma é o que o amor quiser que ela seja

A essência não é propriedade, não é permanência, negatividade, onde apenas o amor aceita a negatividade da permanência. Permanecer é aceitar as coisas ruins, como se fossem a vida. Vive-se mais sem permanecer. O permanecer é a vida da vida, não é minha vida. A essência não tem sentimento, mas é o amor de tudo que amo. Ama-se apenas pela essência de ser. Assim como o mar encontra a terra, pela essência encontrarei amor. Amor que existia apenas na inessência das coisas, deixando o ser sem amor. O ser não se percebe sem amor, penso que é a vida a desaparecer. Mas o amor não é o aparecer, amor é quando tudo desaparecer, só restar o amor. O amor sem o ser não aparece nem desaparece, é a invisibilidade de ser, que não quer minha aparência. A invisibilidade não desaparece, existe como se fosse o meu ser. O ser não conhece a invisibilidade da alma, que a torna visível. O nada me lembra a vida a partir do nada, como início de mim. Nascer no nada é nascer sempre, sempre mais, até que a vida acabe, de tanto eu a viver.