O derradeiro fim renova o fim na poesia sem fim. O desconhecimento é a vida no conhecer do nada. O sentido da alma é as trevas. O infinito particular é o ser nas trevas da alma. O sonho é a vida nas trevas. Seguir o fim em mim é não estar em lugar nenhum. O repouso é ter um lugar para a alma. A alma em nada se encaixa. É como um ser suspenso em ser. A suspensão é a alma em seu lugar. A suspensão suspende a si mesma por amar o ser. Desamor é agir como se a vida tivesse parado. Nada se para sem suspender a alma. O agir absoluto é morrer. O nada sem partir não suspende o ser no nada. Para me ver preciso ultrapassar o espelho da morte, conservando minha pele de alma. Retomar a alma, não pela pele, mas por mim. Sou mais que pele, sou um ser. Não tenho pele, tenho alma. Como se pode habitar pele que existe? A pele é a vida e a morte sem conflito, é respirar sem a eternidade. Tornar-me a perda do respirar. Abandonar o respirar para ter pele na perda do respirar. Nada conquisto por estar viva. Perder o saber, na voz do infinito, é uma graça divina.
