Blog da Liz de Sá Cavalcante

Ver a vida é a única alegria

Algo de fora ficou dentro de mim, como um sonho em pele. Cada instante é uma pele que não rasga, tão inatingível quanto a dor que sente. O adeus é saudável na consciência do adeus, é minha consciência também. Partir sem o fim da eternidade é como não ter passado. O que passou é diferente de ser passado. De morrer, por tirar o passado do passado e torná-lo memória, eu me superei. Sentir o que passou como se fosse agora é morrer. A distância é o agora interrompido, como um mundo sem abismo, sem sofrer. O agora pode ser a morte, sem o auxílio da alma, mas pura alma. Quero ser a vida e a morte de alguém. Isso é eternidade.