Blog da Liz de Sá Cavalcante

Eu me desarmo

Eu me desarmo da morte, que me determina morrer. A morte é um tempo igual, sem erros perfeitos. A morte é perfeita. A violência é viver. Necessito ser perfeita. Abra os olhos, vida, para reagir a mim. Para eu ser invisível para morrer. O irreal é incompreensível. O real é compreensível até sendo irreal. É impossível viver no real. O real é alienação. Ressecou o mar de amor. O silêncio chega ao mar e o transforma em ondas de solidão, para cessar a dor. O mar encolhe o Sol. Ganhei resistência no enfraquecer do meu coração. Minha alma vive do meu coração, mas o coração envenena a alma de vida. Quando ser é ser não existe passado. Existe o ser como agora, na falta da minha presença. A alegria não sei lidar com ela. Alegria para mim é a solidão do outro em mim, onde me sinto menos só, em paz. Alguns nascem felizes, outros ficam com o tempo. Alguns nunca terão alegria, por isso sonham, transcendem e são eternos na dor.