A voz da liberdade na impaciência de amar, de saber viver. A paciência de morrer é o meu amor em mim. Paciência, enterrei comigo o que eu seria na paciência. A impaciência é alma, ser, vida. É tudo. É esperança, é o que não existe. Existir é perder a esperança. Não se pode perder, apenas cessa a esperança nos corpos mortos da vida que não tiveram, nunca vão ter. O amanhecer é o mesmo para os vivos e os mortos. Ninguém é o mesmo para si mesmo. Ao menos pode ser se amar. Existe amor na partida e no retorno. Não existe amor no fim, existe morte. O silêncio é um sim à morte. A falta é a impaciência do espírito. Eu vivo o silêncio como algo errado. Ele é apenas o não contemplar o divino. Ver sem sentir é divino.
