A transcendência não é o ser, é o transcender, que adoece o corpo, deixa-o sem matéria, substância. Lágrimas estagnam o transcender em um amor que não vem. Está adormecido, dormente de ser. Não pode me fortalecer, amor, mas posso te fortalecer. O amor é um vício. O amor despreparado não sabe amar, nem pode aprender. O amor existe para quê? A transcendência do ser, sem o ser, é a transcendência do azul do céu. O céu nunca chega ao nível do azul. O azul é mais do que céu. Eu sou mais do que eu. Não canso de olhar o céu do mar do meu amor. Vou morrer no azul sem céu, azul de alma. O amor são momentos felizes, que divergem entre si. E o azul do céu torna tudo feliz. Pareço até ser o azul do céu. Não sinto falta de mim.
