Ver é morrer na falta de morrer. Ver sem morrer é a ilusão de mim no outro. É preciso compreender a ilusão para entender o amor. A falta de morrer é apenas a ilusão se vendo no espelho, sem se ver. Ver é o esquecer eterno. O esquecer é fim de si mesmo. A poesia é o fim da eternidade e o começo de mim. O esquecer traz o mar para minha alma. A alma me queima e, assim, sinto a minha pele saudável de alma. Tudo sente a ausência como presença. Suspirar é alma que não me deixa morrer. Saber ter pele dentro de mim é morrer.
