Blog da Liz de Sá Cavalcante

A destruição do meu ser em mim

O medo da morte é me destruir. Nada na morte faz dela o que ela é. Sem a inexistência como morte não há essência. A razão de ser é a vida na morte, na desrazão de sentir. O nada da ausência é o nada indestrutível, que destrói a morte. Morrer torna a alma leve. É como se ela se encontrasse além da alma, além do ser. O nada vai além do amor. Ser é ser para Deus o que não sou para mim. O mundo esquecido está vivo dentro de mim, portanto posso morrer em paz. O não sentir é a verdade do sentir? Cada alma é a mistura do sentir e não sentir, até separá-los como uma única coisa. A linguagem platônica separa a linguagem da imagem da vida como se fosse um ser.