Blog da Liz de Sá Cavalcante

A ausência do nada

Apenas a ausência do nada é o silêncio da morte. Tudo era morte sem a morte. Nada é o amor que me dei. Nada se faz sem morte. Eu me faço sem morte. O amor do som não é ouvir, é a morte. O silêncio da morte é sem sacrifícios, é um prazer sem palavras, onde sou eu, feita de um silêncio maior do que eu. Meu silêncio é o interior da alma das minhas palavras, que expressam em palavras o amor. A palavra é o amor mais sincero que tem. A ausência do nada partiu com o meu amor. Agora a presença e o amor são um novo amor, uma nova vida. A esperança encanta minha alegria para eu ser só. Só de tanto amor, tantas palavras, que não sei como dizer. A alma me percebe amando e é como se a infinitude me tocasse. Nem a alma decifra o amor do céu. O fim do céu é Deus. Deus está em todo lugar. O céu é refúgio de um amor: o amor de Deus. Morte e silêncio são palavras eternas, que modificam a alma, tornam-na humana, fazem-na lutar por mim. A aparência da alma são minhas poesias. Se as minhas poesias não aparecem na alma, é por se tornarem o que sou. Ser sendo o que sou me torna rara de amor. Amor é vida. Vida que o amor esquece, mesmo lembrando de amar.