O ser existe por não haver razão para ser. Este é o meu derreter sem Sol. Preocupo-me com a alegria do nada. É a mesma alegria minha. Fugi de fugir. A alegria se fez em mim, no pouco que sou. O infinito não tem a minha alegria. A alegria é o adeus na permanência. Não sei o que é permanência, mas sei que estou aqui. Não sei se por aparecer ou por desaparecer, se pelo fim ou pela eternidade. Sei que sinto falta do fim e apenas assim consigo viver. Sei que a alma intacta de eternidade não permanece, por isso dura, segue adiante sem mim.
