Blog da Liz de Sá Cavalcante

A presença do nada

A presença do nada é o único corpo com vida no meu ser morto. Assim, Deus é a minha única realidade neste mar de neve. A falta, realidade eterna onde o coração é apenas uma canção. Dormi na realidade que me falta. Privar-me não é nada, é apenas concretizar a alma na definição do nada: eu. Nada desaparece no nada. O nada é o surgir do nada, o nada não sente a sua própria ausência. A presença do nada é a sua própria ausência. Reviver, ter o nada em mim, recuperando-me do perdido. Mais ainda perdido é o nada. Sair do imaginar para ser eu não vale a pena.