A alma nasce como vida, morre como morte. O céu é um único infinito, o amor são vários infinitos. Vários infinitos são o fim do céu. No coração da alma, o céu tem a cor da vida. O céu é a palavra no sonho de Deus. Perceber é não crer na realidade. Ter Deus para ser irreal é tornar Deus comigo, sendo irreais juntos. Para que o coração da alma extravase minha morte, que minha morte seja vida em alguém. O tremor do coração é a vida voltando a si: sem libertação, amor, perspectivas. Libertação não é liberdade, é uma morte artificial, impura, sossegada. No coração da alma, a morte se debate, faz nascer um jardim. O meu coração deveria ser o coração da alma quando escrevo. Ele escorrega em mim.
