Blog da Liz de Sá Cavalcante

Sonhos de luz

Perdas são almas que se desatam. Sonhos sonham em mim. O nada me desperta da morte, onde meu sonho sou eu. Sonhos de luz cessam os meus sonhos, sonhos que dei sem sonhar. Alma, seu encanto é meu encanto. Seu amor não é o meu amor. Externar a alma me liberta e, assim, esquecem-me na dor, na obviedade sem mim. O nada em mim não é sombra do que sou. O sonhar da alma não é ser. Ser é acordar do sonho da alma, é buscar meu próprio sonho, é me dizer adeus. O sonhar despercebido é a alma. Sem alma, para que o real? O real tem alma? Diferentes, com a mesma alma. Não se pode mudar a alma. Viver e ser são almas diferentes. Nada quero da alma. A voz sai de mim para a morte. A timidez da alma é a falta do soluçar da vida. Ao soluçar, eu esqueço o mundo para me ver sem a vida, ao me lembrar dela.