A brevidade da vida é o amanhecer eterno. Nada de palavras para esconder os pensamentos, então me escondo nas palavras. A brevidade da vida é a falta de palavras: existem apenas no meu pensamento. O amor esconde o ser dele mesmo. O ser aparece no desamor. O desamor ergue o ser da morte, dá-lhe forças para viver ou morrer. Amor é fraqueza: um amanhecer sem alma. Não posso criar o que deve existir na inexistência das coisas, no incriado, onde não posso ser. Ser é uma ilusão náufraga na irrealidade do não ser. Não ser é nunca esperar por mim. Sou em Deus, não em mim. Trocar de alma é a distância de Deus, em um mundo perto dele.