Blog da Liz de Sá Cavalcante

A ilusão de ver

O mundo, o céu são ilusões do ver. A vida são retratos do olhar no não ver de mim: a alma. Vou encontrar-me com a vida no olhar da vida. O que será da vida sem um único olhar? Vai ser o infinito? Existe o infinito? Na minha alma existe. Como lembrar de esquecer? Meu sentir irreconhecível como um desmaio. O céu descoberto por estrelas estagnadas de Sol. Não há eternidade do olhar, há apenas o fim. O cessar não tem conhecimento do fim. O cessar é o amor; o fim é a concretização desse amor. Desligo-me de mim no olhar passado, que se torna um olhar futuro dentro do passado. O olhar é a lentidão da alma. Não sou nada, nada tenho, por isso eu me enfeito de céu.